O Inquiete-se, nasceu de uma necessidade de mencionar e/ou “revelar”
palavras que me assustam, me ferem, me iludem e me tecem. Na tentativa de
reunir desejos, mágoas, frustrações, medos e angustias, é que fui aos poucos
unindo palavras a outras palavras, até formar um corpo que eu não sei dizer se
triste ou feliz. São palavras apenas. Palavras tristes, desalinhadas, famintas,
divididas, perversas, tênues, pequenas... Dos fragmentos, não ousarei dizer nada, pois o
nada ainda continua sendo tudo; e, tudo que sei sobre as palavras, é que me
sinto conduzida e carregada por elas para dentro do armário onde trancafiei
meus medos. As palavras, o medo e eu, não prometemos publicações semanais,
mensais ou anuais. Contudo, prometemos publicar, não sei se poesia, não sei se conto.
Talvez, eu conte uma poesia, ou quem
sabe eu poetize um conto. Tudo
dependerá das ações conjuntas que se dá entre o medo e as palavras, de quem sou
escrava.
Lis Alencar.
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